Em casos de osteólise simples e localizada, poderá ser evitada a revisão da prótese colocando enxerto ósseo no local da osteólise.
· DESGASTE DOS COMPONENTES
O desgaste dos componentes leva a instabilidade e gera partículas que são
geralmente causa de descolamento da prótese. Logo que haja sinais de desgaste do polietileno é necessário substituí-lo, e antes que desgaste a componente metálica e seja necessária a sua substituição, o que é mais complicado.
· FALÊNCIA DOS COMPONENTES
Na falência dos componentes metálicos ou cerâmicos, que é rara, mais comummente é a haste femoral que sofre a falência, que quebra. Muitas vezes nesta situação de falência de material o osso também sofreu fractura.
A falência das cabeças de cerâmica ou mesmo do acetábulo de cerâmica põem dificuldades acrescidas pela necessidade da extração dos fragmentos que por vezes são muito pequenos e estão a impregnar os tecidos.
É necessário substituir o componente partido e muitas vezes há necessidade de proceder à revisão total, pois muitas vezes já não há material de próteses compatível com o que primariamente foi utilizado.
· INFEÇÃO
Se a causa do descolamento da prótese é a infeção, a revisão é efectuada normalmente em dois tempos cirúrgicos, porque as infeções são mais comummente causadas por bactérias agressivas e resistentes aos antibióticos, de difícil controlo e que levam a tratamentos prolongados.
Primeiro faz-se a extração da prótese e a limpeza dos tecidos infectados (com ou sem colocação de espaçador) e depois da infeção erradicada faz-se a reimplantação de nova prótese, o que geralmente irá acontecer muitos meses após.
No caso de infeção mais simples e provocada por bactéria menos agressiva, poderá a revisão da prótese ser efectuada num só tempo cirúrgico.
Algumas vezes não se consegue curar a infeção causada por bactérias resistentes aos antibióticos e a colocação de nova prótese não é indicada.
São necessários estudos analíticos e de medicina nuclear (cintilografia óssea em três fases) para confirmar ou excluir a infeção.
· FRACTURA PERIPROTÉSICA
Nos casos de fractura periprotésica, ou seja quando há fractura do fémur ao nível da haste femoral ou logo abaixo da extremidade da haste, a revisão é feita de acordo com as características da fractura.
Geralmente o Rx é suficiente para o diagnóstico.
O grau de dificuldade da revisão está mais relacionado com o tipo da fractura.